terça-feira, 4 de junho de 2013

INSCRIÇÕES - IV EREEF

As inscrições para o IV EREEF devem ser feitas pelo endereço de e-mail: abeef.araucaria@gmail.com, informando nome completo, RG, universidade e curso e matrícula na universidade em que estuda. (OBS: Este e-mail deve ser enviado APÓS o depósito ser efetuado)


Os valores para inscrição são de:
- R$ 30,00 até dia 25 de junho;
- R$ 35,00 durante o evento.
Obs: O valor da inscrição inclui alojamento, café, almoço e janta durante os dias do encontro.


Deverá ser efetuado o depósito até 26 de junho na seguinte conta:
Agência: 1484-2
Conta: 30.920-6

- Banco do Brasil
Titular: Pedro Marquezini



comprovação da inscrição se dará através da apresentação do comprovante de depósito no primeiro dia do evento, portanto é obrigatório tê-lo em mãos para garantir sua participação!


PROGRAMAÇÃO:



IV ENCONTRO REGIONAL DOS ESTUDANTES DE ENGENHARIA FLORESTAL






O IV Encontro Regional de Estudantes de Engenharia Florestal é um espaço que vem sendo debatido há algum tempo pelos grupos da ABEEF de Santa Maria e de Frederico Westphalen, atual Coordenação Regional. 

O EREEF tem o objetivo de ser um espaço de integração entre @s estudantes de várias escolas diferentes que, apesar da proximidade geográfica (comparada a demais regiões do país), possui inúmeras especificidades. 

Além disso, o EREEF contará com espaços que buscam a identificação e análise das contradições da sociedade, que refletem diretamente nossa vida estudantil e atuação profissional. 

Objetiva também proporcionar um espaço de formação para estudantes que não conseguem encontrar na Universidade um espaço plural o suficiente para a realização de discussões em torno dos problemas ambientais, sociais, econômicos e políticos brasileiros e de estudos em tecnologias a serviço da sociedade como um todo.

Queremos que a ABEEF seja construída por sujeitos diversos, divergentes, destoantes entre si, porque acreditamos que, dessa maneira, poderemos enriquecer nossos debates, ampliar nossas perspectivas e somar nossas forças para a construção de engenheir@s florestais comprometidos com todo o conjunto da sociedade e não apenas com pequenas parcelas, capaz de compreender a diversidade com a qual irá trabalhar e, acima de tudo, seres humanos críticos e capazes de desenvolver valores que busquem por uma sociedade em que os seres humanos não sejam explorados nem oprimidos por outros seres humanos e onde as riquezas naturais sejam um bem comum e sejam utilizadas de maneira equilibrada.


INSCRIÇÕES: 
R$30,00 (pelo blog até o dia 25/06), incluindo alimentação e alojamento (dormitório coletivo e banho). 
R$ 35,00 (nos dias do evento)                  
Kit-Sobrevivência: Sugerimos que tragam um kit contendo toalha, travesseiro, colchonete/colchão/saco-de-dormir, lençol, cobertor (aqui está frio à noite),caneca/copo, prato, talheres, artigos de higiene pessoal, instrumentos musicais, alegria e entusiasmo, pois esses não serão disponibilizados.


VAMOS FLORESTEIR@S, TEMOS QUE POR UM POUCO MAIS DE FORÇA!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

EIV - 2013

A Regional Araucária convida a todos para participarem do Estágio Interdisciplinar de Vivência - 2013

O que é o EIV?



Nascido das experiências acumuladas pela Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB) na década de 1980, o Estágio de Vivência (EV) tornou-se um espaço consolidado em inúmeras Universidades do país e vem contribuindo de maneira significativa na formação de profissionais voltados para a difícil realidade social brasileira.
Este estágio proporciona aos estudantes universitários contato direto com as comunidades de assentamentos e agricultores familiares organizados, vivenciando na prática seus problemas, suas formas de organização e os desafios por eles enfrentados.
EIV SM
Inscrições abertas até dia 15 de fevereiro!






EIV RS
Inscrições abertas até dia 24 de fevereiro!




Mais informações nos sites:


http://eivsantamaria.wordpress.com

http://eivrs.wordpress.com

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Planejamento CR ARAUCÁRIA para 2013!

Nos dias 5 e 6 de janeiro de 2013, os estudantes de Engenharia Florestal da UFSM (Frederico Westphalen e Santa Maria) se reuniram na Escola Estadual Sepé Tiaraju (FW - RS) para planejar as atividades da Regional Araucária da ABEEF para o ano de 2013.



quinta-feira, 24 de março de 2011

Carta do Zé Agricultor


A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbasa Melo - foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambiental e empresário, diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia. 

Carta do Zé agricultor para Luis da cidade.

Prezado Luis, quanto tempo. 
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava. 
Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis? 
Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente. 
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança. 
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?
Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca. 
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.
Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né? 
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do 
Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça. 

Até mais Luis. 

Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio. 

(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)

Pâmela Gallas Buche
Tecnóloga Ambiental. 





III Encontro Regional de Estudantes de Engenharia Florestal



Entre em contato com o seu DA ou CA para informações sobre transporte ou entre em contato conosco através de nosso e-mail abeef.araucaria@gmail.com.


PROGRAMAÇÃO


Quinta (21)
Sexta (22)
Sábado (23)
Domingo (24)
7:00- 8:30
Alvorada/ Café
Alvorada/ Café
Alvorada/ Café
Alvorada/ Café
8:30- 11:30
Chegada e entrega dos materiais
Codigo Florestal.
COREEF
Apresentação

Gincana da Floresta/Livre
11:30-13:30
Almoço
Almoço
Almoço
Almoço
13:30- 17:30
Realidade Agrária
Oficinas 
COREEF
Conjuntura
Avaliação
17:30-19:30
Jantar
Jantar
Jantar
Jantar
19:30-22:00
Agroecologia
Relações Sociais
COREEF
Momento Cultural
Encerramento